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Vililigo, o que é vitiligo

O vitiligo é uma doença cutânea adquirida, idiopática, caracterizada patogenicamente pela redução física e/ou funcional de melanócitos e consequente despigmentação da pele e/ou mucosas. Melanócitos são células derivadas da crista neural, localizados na camada basal da epiderme, matriz do folículo piloso, ouvido interno, olhos e leptomeninges. Apresentam no citoplasma organelas denominadas melanossomas que sintetizam e armazenam melanina (melanogênese) e são transferidas aos queratinócitos através das ramificações dendríticas dos melanócitos.


Vitiligo ao longo da história

O vitiligo foi descrito há mais de 3500 anos, primeiramente, no Egito (no Papiro de Ebers), na Índia (no livro sagrado Atharva Veda) e na Bíblia, no antigo Testamento, era chamada de “Zara’at”. Quanto à etiologia, o vitiligo ainda é uma doença de causa desconhecida. Não se pode afirmar que tenha origem na predisposição genética, uma vez que esta só é observada em apenas 30% dos casos. Existem, porém, algumas hipóteses etiológicas que veem o vitiligo como uma resposta autoimune ou  associado a fatores neurogênicos. É uma dermatose que se caracteriza por manchas acrômicas, geralmente bilaterais e simétricas, que acomete o maior órgão do corpo humano, a pele.  
Como patologia autoimune, o próprio corpo gera uma reação que faz com que haja destruição das células melanócitos, causando assim, extinção da pigmetação natural da pele. Os melanócitos podem ser destruídos pela ação dos radicais livres ou de componentes tóxicos do ambiente externo. A existência de uma reserva de melanócitos nos folículos pilosos, constituindo a área não afetada pelo vitiligo, é um fator que deve ser considerado no processo de repigmentação natural da pele. 
O vitiligo acomete cerca de 0,5 a 4% da população mundial, sendo que 50% dos casos se iniciam antes dos 20 anos e 25% antes  dos 10 anos. Seu aparecimento pode ser precoce, com alguns relatos de casos com início nos primeiros seis meses de idade.